Início » A Mata » Sobre a Mata » Património Edificado » As Bulas Papais
Gravadas em pedra sobre as Portas de Coimbra, a entrada no Deserto de Santa Cruz do Bussaco, onde “…estava a cela do padre porteiro…para tomar os recados das pessoas que iam a este santo deserto” estão duas bulas papais:
Uma Bula do Papa Gregório XV, datada de 23 de Julho de 1622, interditando a entrada de mulheres nos conventos carmelitas e, portanto, também no Convento de Santa Cruz do Buçaco, sob pena de excomunhão, (“latae sententiae”), a todas as que lá se introduzissem.
Uma Bula do Papa Urbano VIII, datada de 28 de Março de 1643, com sentença de excomunhão (“ipso facto incurrenda”) para quem destruísse árvores e apanhasse madeira…”.
Com efeito, os monges eram obrigados a plantar árvores, sendo proibido o seu corte.
“As Constituições da ordem diziam claramente que o prior do Deserto era obrigado a pôr de novo cada ano árvores silvestres, não podendo cortar ou arrancar alguma sem autorização especial da congregação provincial (Cap. XVI, tit. 6)” (GOMES, 2005).